Por hoje ser sexta-feira 13 e haver uma certa conotação "negra" por detrás de um dia marcado no calendário, que certamente não terá nada de extraordinário, para além de tolas superstições, escolhi o tema de hoje em consonância com esse "dark spirit". Optei por uma música de uma banda nacional que começou verdadeiramente a ter sucesso fora de portas, mercê da relativa excentricidade da sua opção musical, grande demais para um país limitado como Portugal.
Felizmente, alcançado relativo sucesso internacional e tendo conseguido assinar inicialmente com uma editora francesa, os "Moonspell", também já são um nome de reconhecido valor na sua própria pátria e têm uma carreira produtiva com inúmeros concertos e 9 álbuns lançados.
Liderada pela voz poderosa e ligeiramente gutural Fernando Ribeiro trouxeram-nos no ano de 1996 o seu segundo álbum, denominado "Irreligious" e esta música fantástica intitulada "Opium". Este álbum revelou um pouco mais certas influências góticas que Ribeiro tenta muitas vezes negar para não desiludir os seus fãs de metal, mas foi esse lado negro e vampiresco que me apelou neste trabalho.
A música é pequenina (menos de três minutos), mas tem uma bateria troante e guitarras metálicas que alimentam o espírito e a voz de Fernando Ribeiro que termina a cantar em português (citando o poeta português Fernando Pessoa, num excerto de "Opiário", sob o heterónimo Álvaro de Campos), ele que nunca escondeu ou se envergonhou das suas origens lusitanas, antes pelo contrário, enaltecendo-as sempre como em temas tais como "Alma Mater" ou "Os Senhores da Guerra" (cover de Madredeus), tornando-se um digno embaixador das nossas cores onde quer que tenha actuado.
"Por isso eu tomo ópio; É um remédio. Sou um convalescente do Momento.
Moro no rés do chão do Pensamento e ver passar a vida faz-me tédio."
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