Neste novo ano aproveito para retomar os meus posts gastronómicos, que se bem que andem pouco distantes das boas comidas, em virtude da crise, vão dando para descrever algumas cervejas especiais. Hoje trago-vos uma incursão no magnífico mundo das cervejas artesanais, em especial da Bélgica, país de soberbas cervejas das quais destaco hoje a Kasteel Bruin.
As cervejas deste país são normalmente caracterizadas por não serem pasteurizadas nem filtradas antes do engarrafamento. Para além de continuarem a "amadurecer" na garrafa, como acontece com alguns vinhos e whiskeys, estas cervejas estão "vivas", isto é, continuam a mudar e a melhorar com o tempo, ganhando novas propriedades. Apesar de terem sedimentos, que desagradam a muita gente, não são por isso directamente relacionadas com mau sabor na cerveja, sendo que em grande parte dos casos atribui novos toques no seu paladar.
A cerveja Kasteel, é uma cerveja do tipo "Ale" profundamente negra (característica da Flandres Oriental) com um aroma maltado e um paladar ligeiramente adocicado. É uma cerveja de elevado teor alcoólico (11º), facilmente escondido pelo seu toque açucarado. Serve muito bem para uma bebida após jantar, para um momento de descontracção na companhia dos amigos sem ser apenas para matar a sede, mas comer uma "sobremesa líquida".
O aroma a pão tostado, passas e açúcar complementam-se perfeitamente com o sabor com notas de canela e chocolate, o que fazem desta bebida um verdadeiro prazer para os sentidos.
Esta cerveja deve ser consumida num copo largo de forma a espalhar o seu sedimento e fluir pelo copo apresentando a sua cor acastanhada característica e libertar os odores e tem a especial tendência a manchar bem o copo, como um bom vinho tinto.
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