domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cerveja Sagres

Num país quase virtualmente dividido pela presença de duas marcas de cerveja que controlam praticamente o mercado nacional e já tendo aqui falado da sua concorrente, a Super-Bock, cabe hoje a vez da Sagres, marca gerida pela empresa Central de Cervejas a merecer aqui a minha opinião.

Criada em 1940, a cerveja Sagres foi desenvolvida para participar nesse mesmo ano na "Exposição do Mundo Português". Tendo sido produzida sempre com recurso a matérias-primas 100% nacionais, esta cerveja viria a alcançar inúmeros prémios, entre os quais o "Prémio Excelência", no Concurso Mundial de Cerveja, na Bélgica, em 1958, o prémio "Produto do Ano", em 2010 e, pelo meio (entre outros), onze "Medalhas de Ouro" no Monde Selection entre as quais duas "International High Quality Trophy".
Para além destas referências, esta cerveja tem sido alvo de um intenso processo de marketing ao longo dos anos sendo sempre associada ao patrocínio da Selecção Nacional de Futebol Portuguesa, bem como ao patrocínio de um dos clubes grandes de Lisboa e, mais recentemente, da própria 1ª Liga de Futebol Profissional. Esta aposta no desporto-rei tem dado os seus frutos, tornando esta cerveja uma das marcas mais reconhecidas nacionalmente (em especial pelo público-alvo masculino). 
Mais recentemente a aposta na diversificação levou à aquisição dos direitos de uma cerveja tipo Pilsner, de cor âmbar avermelhada, com um teor de álcool de 6,2%, denominada Sagres Bohemia. Há igualmente uma enorme aposta no mercado das cervejas sem álcool com a criação da Sagres Zero.

Quanto à Sagres mais comum, pessoalmente não é uma cerveja que me agrade propriamente. Tendo do lado positivo a leveza e a frescura, que se opõe à principal concorrente do mercado, tem no entanto como aspectos menos positivos um sabor amargo e seco, sendo um pouco "aguada" demais, acabando por ter pouco conteúdo palatino. Aliás, por comparação directa, diria que a melhor receita que a Central de Cervejas produz é mesmo a Bohemia, essa sim, bastante interessante e com um gosto e aroma frutado intenso de estilo artesanal.
Mas, como não se deve discutir gostos, a Sagres continua a vender imenso, em especial no Centro e Sul do País, embora tenha perdido a liderança do mercado. Há-de haver sempre espaço para estas cervejas, nem que não seja num dia de intenso calor em que não nos apeteça beber um copo de água e queiramos parecer "mais fixes" e pedir uma refrescante cerveja de pressão.
De referir ainda, que esta cerveja sempre vendeu bastante em "Minis" uma vez que é mais rápido o seu consumo, ideal para regiões com mais calor, onde, afinal, a Sagres até vende mais... Fica aqui um anúncio da Sagres Mini:

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