Grande parte das vezes Hollywood decide fazer um grande filme e então vai buscar à gaveta a sua receita predilecta que inclui os ingredientes necessários para fazer um "bolo" de sucesso. Enormes efeitos especiais, actores de elevado cachet, uma história cheia de volte-faces, um realizador de sucesso e uns milhões de dólares para produzir e publicitar o filme. Normalmente resulta e origina enormes blockbusters que entram na história: Senhores dos Anéis, Harry Potters ou Piratas das Caraíbas.
De vez em quando, estúdios menos abonados e que apostam em filmes pelo seu argumento, lançam filmes que nos conquistam pela riqueza da sua história, desempenho dos seus actores ou simplesmente porque são notoriamente bons. Esse é o caso do filme "50-50", que protagonizado por Joseph Gordon-Levitt e com os restantes papeis distribuídos por Seth Rogen, Anna Kendrik e Anjelica Huston, terminam num "bolo", que embora pareça menos vistoso que o bolo blockbuster, é sem dúvida igualmente saboroso e uma delícia para quem o souber saborear. Tendo vencido já alguns prémios pelo magnífico argumento de Will Reiser, o filme conta-nos uma história simples e mundana de um jovem a quem é diagnosticada uma estranha forma de cancro que lhe dará 50% de hipóteses de sobrevivência. A forma como se reage a uma notícia destas, o papel que têm aqueles que nos rodeiam e a envolvência que uma doença destas traz à vida de uma pessoa é algo que só quem passou por essa terrível experiência nos poderia transmitir, mas graças ao incrível argumento e à performance de Gordon-Levitt é possível conhecer essa terrível provação sem termos de passar fisica e mentelmente por isso. Como filme e como forma de passar uma mensagem é sem dúvida um dos melhores trabalhos de 2011, nesta estranha mistura de comédia e drama que apenas custou 8 milhões de dólares e por esta altura já deve ter rendido quase 5 vezes mais só em bilheteira nos EUA.
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