Esta semana estreia o filme "Temos que falar sobre Kevin", uma visão interessante sobre o ponto de vista dos familiares de um assassino, que um dia decide entrar no seu liceu e matar toda a gente que puder. Baseado em alguns casos que já sucederam nos EUA, tal como o "massacre de Columbine", este filme mostra-nos uma posição que por vezes não passa pela cabeça da maioria das pessoas que é de que forma a vida é afectada, neste caso, de uma mãe de um jovem perturbado que decide fazer essa monstruosidade.
Com uma excelente actuação da actriz Tilda Swinton, no papel de Eva, a mãe do jovem Kevin (o actor Ezra Miller, na fase adolescente), o filme relata-nos a difícil relação de uma mãe com um filho que desde cedo apresentava sinais de um desenvolvimento anormal e demonstrava carências afectivas na relação com a sua mãe, de cariz psicopata, facto que iria redundar na sua tenebrosa acção na idade adolescente.
O filme é um estudo interessante (adaptado do romance de Lionel Shriver), realizado por Lynne Ramsay, que ainda tem poucos títulos sob a sua responsabilidade, mas que consegue mostrar um lado diferente do habitual, em vez da posição das vítimas ou familiares dos massacrados, o lado da família do executor, que também tem a sua quota de sofrimento. Um bom filme para esta semana, já com alguns prémios e nomeações tais como para os Globos de Ouro ou a Palme d'Or, de Cannes.
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