Oriundos de Santa Fe, nos EUA, os "Beirut", são um projecto indie folk que surgiu da mente do seu vocalista Zack Condon que decidiu agregar uma série de músicos que tocam instrumentos um pouco atípicos, tais como ukelele, acordeão, violoncelo, tuba, trompete ou bandolim e criar um grupo musical com conotações world music ou balkan folk bastante original e com resultados surpreendentes.
Beirut |
Neste caminho traçado pela originalidade e musicalidade universal, os "Beirut" têm desenvolvido o seu trabalho com frutos desde a sua fundação em 2006, que se reflectem em 3 álbuns de estúdio e uma mão cheia de EP's. A sua gravação mais recente é de 2011, com o álbum "The Rip Tide" e segue a linha que começou no trabalho do ano inicial "Gulag Orkestar", embora seja menos conceptual e mais apelativo, recordando amiúde os britânicos "Fanfarlo", de quem vos falei aqui. Músicas animadas numa sonoridade perfeita para fazer da experiência musical uma comunhão espiritual, um tocar de almas e ao mesmo tempo um piscar de olho aos ambientes que a world music nos traz e que representam a universalidade que une a Humanidade de África à Ásia, dos Balcãs aos Estados Unidos e faz com que não nos devêssemos espantar por ouvir estes sons a surgirem de filhos do "Tio Sam".
Mas ainda assim, espanta e admira, o que faz destes rapazes uma referência interessantíssima na música do Séc. XXI, onde deixam a sugestão que se pode fazer mais que apelar ao comercialismo selvático dos "auto-tunes" e das bandas chiclete ou "músicos de imagem" que poluem o universo musical contemporâneo, mas produzir algo que orgulha e nos lembra as raízes musicais universais e onde afinal tudo era mais simples e puro. Espero, sinceramente, que seja um projecto para continuar, porque são diferentes e vibrantes.
Deixo-vos dois temas da banda, ambos do seu mais recente álbum: "A Candle's Fire" e "Vagabond":
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