quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Portugal - Pontos de Interesse #5

O Parque Arqueológico do Vale do Côa ocupa cerca de 20.800 hectares e foi criado em Agosto de 1996, após a descoberta dois anos antes na região de uma variedade de gravuras rupestres  datadas do Paleolítico Superior (22000 - 10000 a.C.), constituindo o mais antigo registo de actividade humana de gravação existente no mundo. Inicialmente estas gravuras quase ficaram submersas pela criação de uma barragem na zona que, após intenso debate público, levou à alteração dos planos para preservação daquele que seria o achado arqueológico mais relevante do país.

No vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal, existem centenas, talvez milhares de gravuras  que têm como suporte superfícies verticais de xisto, com exposição preferencial a nascente. A dimensão das gravuras oscila entre 15 cm e 180 cm, embora predominem as de 40–50 cm de extensão. As técnicas de gravação usadas são a picotagem e o abrasão. As gravuras representam essencialmente figuras animalistas, embora se conheça uma representação humana e outra abstracta. Os animais mais representados são os cavalos e os bovídeos (auroques). Exclusivos em certos núcleos, eles podem também coexistir com caprídeos e cervídeos. Os animais aparecem isolados ou em associação, constituindo autênticos painéis.
O Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC)  e um organismo publico, dependente do Instituto Português de Arqueologia (IPA), instalado em Vila Nova de Foz Côa, e que tem por função gerir, proteger e organizar para visita publica a arte rupestre incluída na zona especial de protecção do Vale do Côa.

A 5 de Dezembro do ano 1998, a arte paleolítica foi classificada Património Mundial pelo Comité do Património Mundial da UNESCO. A grande importância das gravuras do vale do Côa reside no facto de, ate a sua descoberta, se julgar que a arte rupestre paleolítica se circunscrevia ao interior das grutas. A arte preservada no Vale do Côa veio trazer uma nova visão acerca da arte paleolítica. Provavelmente este tipo de arte era tão ou mais comum que a das grutas, mas por motivos de conservação não chegou até nós.
As visitas a estes núcleos fazem-se a partir da sede em Vila Nova de Foz Côa e de dois centros de recepção, em Castelo Melhor e Muxagata. Aí foram recuperadas duas casas que servem de primeiro acolhimento aos visitantes e de um filtro ao acesso aos núcleos.

O número de visitantes é limitado até mais ou menos 50 pessoas por dia. É conveniente, pois, fazer uma reserva com antecedência.

As reservas são feitas contactando o PAVC através de:

Telefone (00351) 279 768 260/1


Fax (00351) 279 768 270


E-mail pavc@ipa.min-cultura.pt


Avenida Gago Coutinho, 19 A
5150-610 V.N. Foz Côa

As visitas são feitas de terça a Domingo, com um preço de 5 Euros.


guiadacidade.pt

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