O mal, ao longo dos tempos tem sido perseguido numa tentativa vã de o erradicar da natureza humana. Muitas vezes tentavam enterrar o mal, sendo que ainda hoje há rituais que implicam a colocação de "defumadouros" nas profundezas da terra ou lançadas em água corrente. Mas creio que nem que se enterrasse bem fundo este filme ou se enviasse para a maior depressão oceânica que nos livrávamos desta abominação, pois há coisas que nunca, mas nunca deveriam ter saído da cabeça de quem, num acesso de loucura, idealiza estas coisas.
A película que vos refiro tem o sugestivo nome de "Super Babies - Baby Geniuses 2" e o "2" significa mesmo isso: é uma sequela! Embora desta vez esta segunda parte não tenha nada a haver com o primeiro, de 1999 (já de si terrivelmente mau), este "filho do satã" cinematográfico consegue a proeza de dar o próximo passo numa degradante e humilhante ideia para cinema.
A história é simplesmente um grupo de bebés que se une para lutar contra um malvado e poderoso "Rei dos Media" que pretende controlar a mente da população humana através de satélites. Muito pouco fica por dizer, porque só este enredo já dá para mandar algumas pessoas de bom gosto directamente para o hospital em coma, mas acresce justificar como Hollywood se deu ao trabalho de seguir este caminho: Regra geral, as pessoas gostam de bebés. São fofinhos, engraçados e na cabeça dos argumentistas Gregory Poppen e Steven Paul, dariam um filme com sentido. Pelo caminho arrastaram o actor Jon Voight, que devia estar mesmo com ideias de destruir a sua carreira. Só que isto passa-se tudo num mundo lunático em que as pessoas gostariam de gastar dinheiro para ir ao cinema ver coisas destas... Qual é o pai de família que, após passar um dia de trabalho cansativo, decide ir ao cinema para relaxar um pouco a ver um bom filme e apanha com bebés aos saltos, a voar e a fazer todo o tipo de palhaçadas? Eu não, com certeza!...
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