sábado, 31 de março de 2012

Cartazes antigos de filmes recentes


E se alguns dos mais bem sucedidos filmes dos últimos anos tivessem sido feitos nos anos 50 e 60? Foi isso que pensou Peter Stults, um designer norte-americano. Assim sendo, decidiu criar cartazes de cinema dessa época, mas representando filmes mais actuais, sendo que os protagonistas seriam os actores e actrizes mais em voga dessas décadas.

Filmes como "Avatar", com William Shatner, "Assalto ao Arranha Céus", com Leonard Nimoy ou ainda Mick Jagger no papel do mítico agente 007, "James Bond", aparecem nos posters de Stults dando a impressão de os actuais serem meros remakes...
Um trabalho brilhante deste designer que nos dá um efeito nostálgico e que será sempre apreciado pelos verdadeiros fãs de cinema!
Poderão conhecer mais do trabalho deste genial artista, responsável por inúmeras ilustrações e vídeos musicais neste link.
Fiquem com uma apresentação powerpoint com alguns dos cartazes que ele criou (cliquem para a frente caso não comece automaticamente):




Melhor publicidade de sempre #14

Slobstopper
Já falei há alguns tempos de certos produtos que precisam mesmo, mesmo de uma super-publicidade. Artigos tão ridículos ou desnecessários que qualquer director de marketing ficaria assustado perante a perspectiva de ter que os vender ao público. Podem ver alguns exemplos aqui. Hoje trago mais alguns desses produtos que são maioritariamente divulgados nos espaços televisivos de telemarketing, aqueles que passam nas TV's de madrugada quando ninguém se interessa pelo que está a dar.
O primeiro chama-se "Slobstopper" e traduzindo mais ou menos para português daria qualquer coisa como "Pára a baba". Como já dá para ver é uma espécie de babete para adultos que se sujam todos quando estão a comer, no carro, ou fora de casa e não querem ficar com a roupa estragada para o resto do dia. Útil, sem dúvida, nos dias extremamente stressantes de hoje, mas bastante ridículo!
Depois, temos o fantástico "Better Marriage Blanket", que é simplesmente um cobertor especial que impede que os odores escapem cá para fora, nomeadamente quando alguém (normalmente o homem) decide "largar gases" na cama. É ou não é extraordinário? Acabaram-se as discussões matrimoniais sobre "Eh, pá! Que cheiro!" ou então "Foste tu! Não...foste tu!", pelo menos enquanto nenhum dos cônjuges decidir dormir com a cabeça debaixo do cobertor. Nesse caso o efeito concentrado poderá ter um efeito, digamos... atómico!

Slobstopper

Better Marriage Blanket


sexta-feira, 30 de março de 2012

Concerto de Mark Lanegan no Hard Club

Mark Lanegan
É hoje à noite, pelas 21 horas, na Sala 1 do Hard Club que actuará o músico Mark Lanegan, ex-vocalista da banda de grunge Screaming Trees, mas que também colaborou noutros projectos, tais como "Queens of the Stone Age", por exemplo.
Tendo lançado recentemente o seu sétimo álbum a solo, "Blues Funeral", sobre o qual escrevi neste post, o músico norte-americano trará evidentemente temas desse trabalho para este concerto na principal sala de concertos da cidade do Porto, antes de se deslocar amanhã à capital para mais um espectáculo. A entrada fica por 21 euros que são muito bem gastos para assistir a um concerto deste incrível músico.
Para marcar este início excelente de fim-de-semana e que ao mesmo tempo representa um princípio do que parece vir a ser um ano de fantásticos concertos em portugal, deixo aqui duas músicas de Mark Lanegan,  deste "Blues Funeral".
Fiquem com "St. Louis Elegy" e "Bleeding Muddy Water", mas também com o vídeo de "Dollar Bill", dos tempos em que participava nos Screaming Trees, para matar saudades...

Mark Lanegan - St. Louis Elegy

Mark Lanegan - Bleeding Muddy Water

Screaming Trees - Dollar Bill

Músicas de uma vida - Budapeste

Mão Morta
É difícil definir os "Mão Morta" sem pensarmos no quanto evoluiu o panorama musical desde que em 1985, um ano após a formação da banda, se apuraram para a final do 1º Concurso de Nova Música Rock, onde ficaram classificados em 4º lugar. Dos outros concorrentes reza pouca história, mas seriam os Mão Morta que estariam entre nós quase a celebrar 30 anos de carreira.
Da voz rouca de Adolfo Luxúria Canibal, passando pela guitarra de Sapo (ex-Pop Dell'Arte), bem como de restantes elementos talentosos, uns que ainda privam com a banda, outros que são já ex-integrantes, estes pioneiros do rock português trouxeram até um público ávido de novidades, um rock cru que conta com 10 álbuns de estúdio até ao momento, tornando-os um elemento incontornável de rock nacional de qualidade.

Àlbum "Mutantes S.21"
Adolfo Luxúria Canibal que nos traz letras tensas e rudes, como ele próprio se descreveu certa vez numa entrevista, "não ser um cantor mas alguém que recita poesia ao som de música", é a cabeça de um polvo musical com alguma excentricidade, mas com uma preponderância da música nacional que ninguém pode contestar.
Havendo tantas músicas por onde escolher, como por exemplo o lançamento do seu épico álbum "Mão Morta Revisitada" onde se encontram alguns dos seus melhores temas, desde "1º de Novembro", ou "Oub'lá", até outros trabalhos sempre com possíveis referências, optei por extrair de "Mutantes S.21", de 1992, a música que seria quase que um ex-libris da banda e se intitula "Budapeste".
Fiquem com esta descrição de noites bem divertidas num dos ambientes onde a banda procurou inspiração, num videoclip que foi cortado pela RTP, mas mais abaixo deixo a música completa para quem quiser recordar...:

Mão Morta - Budapeste (videoclip edit)

Mão Morta - Budapeste (versão completa)

quinta-feira, 29 de março de 2012

´Tá bem 'tá #7

Conhecida como "a miúda Barbie", mas parecendo-se definitivamente muito mais com uma daquelas fantasias de Anime dos tarados japoneses que gostam de mulheres (ou desenhos) em forma de criança e com olhos extremamente grandes, Dakota Rose, ou como é mais conhecida pelos cibernautas, Kotakoti, é uma adolescente norte-americana de 17 anos que tem uma série de vídeos no YouTube onde passa o tempo a pentear o cabelo e a maquilhar-se como se de uma boneca de carne e osso se tratasse. A jovem, que tem uma infindável legião de fãs por todo o mundo que a seguem pelo Twitter, no seu blog, ou assistindo aos seus vídeos, tem uma beleza tão estranha que já foi acusada de ser um ser reptiliano extraterrestre ou um andróide criado exclusivamente como forma de marketing.

Ainda assim, ela continua a fazer furor com o seu look bizarro e anti-natural, mas também aparecendo normalmente vestida com roupas colegiais que lembram algumas revistas ou filmes nipónicos onde a barreira entre a sensualidade sadia e a pedofilia se esbatem muitas vezes...
No final, fica o fenómeno, mas também as perguntas: Quem andará a lucrar com a exposição mediática desta adolescente ao universo perverso de quem quer que a veja? Não será isto uma forma de exploração sexual de uma menor? Será que nos dias de hoje quase todo o tipo de exposição de uma imagem ao público é permitida? 
Fica aqui um vídeo de Dakota onde ela fala, como forma de contestar os rumores de que não é real porque nunca tinha dito uma palavra anteriormente e também para dizer que não tem nenhuma conta no Facebook, uma vez que já circulam para aí algumas falsas...



Portugal - Pontos de Interesse #11


O Templo Romano de Évora também conhecido por "Templo de Diana", é um templo de estilo coríntio, construído no início do século I, d.C. 
É o que resta do fórum da cidade de Évora e era dedicado ao culto imperial, contrariamente ao que nos chega pela tradição popular, que o identificou como sendo dedicado à Diana, deusa romana da caça.

É construído em mármore e granito, rodeado por colunas coríntias colocadas sobre um pódio que se encontra quase completo. As colunas da fachada desapareceram completamente, restando as seis da retaguarda e algumas das laterais.
Sofreu várias alterações ao longo dos séculos, que começaram no século V com as invasões bárbaras e continuaram pelo século XIV quando servia de casa-forte ao castelo da cidade.
Na segunda metade do século XIX, foram demolidos os edifícios anexos e realizou-se uma grande operação de restauro, repondo o traçado primitivo do templo.
Já no século XX, novas campanhas de escavações permitiram encontrar vestígios de um pórtico e do espelho de água que o rodeavam.
Localizado no Largo Conde de Vila Flor, encontra-se rodeado pela Sé de Évora, pelo Tribunal da Inquisição, pela Igreja e Convento dos Lóios, pela Biblioteca Pública e pelo Museu

Deusa da Caça Romana (Diana)
Embora o templo romano de Évora seja frequentemente chamado de "Templo de Diana", sabe-se que a associação com a deusa romana da caça originou-se de uma lenda criada no século XVII.  Na realidade, o templo provavelmente foi construído em homenagem ao imperador Augusto, que era venerado como um Deus durante e após seu reinado. O templo foi construído no século I d.C. na praça principal (fórum) de Évora - então chamada de Liberatias Iulia - e modificado nos séculos II e III. Évora foi invadida pelos povos germânicos no século V, e foi nesta época em que o templo foi destruído; hoje em dia, suas ruínas são os únicos vestígios do fórum romano na cidade.
As ruínas do templo foram incorporadas a uma torre do Castelo de Évora durante a Idade Média. A sua base, colunas e arquitraves continuaram incrustadas nas paredes do prédio medieval e o templo (transformado em torre) foi usado como um açougue do século XIV até 1836. Esta utilização da estrutura do templo ajudou a preservar seus restos de uma maior destruição. Finalmente, depois de 1871, as adições medievais foram removidas, e o trabalho de restauração foi coordenado pelo arquitecto italiano Giuseppe Cinatti.

O templo original provavelmente era similar à Maison Carrée de Nîmes (França). O templo de Évora ainda está com sua base completa (o pódio), feito de blocos de granito de formato tanto regular como irregular. O formato da base é retangular, e mede 15m x 25m x 3.5m de altura. O lado sul da base costumava ter uma escadaria, agora em ruínas.
O pórtico do templo, que não existe mais, era originalmente um hexastilo. Um total de catorze colunas de granito ainda estão de pé no lado norte (traseiro) da base; muitas das colunas ainda têm seus capitéis em estilo coríntio sustentando a arquitrave. Os capitéis e as bases das colunas são feitos de mármore branco de Estremoz, enquanto as colunas e a arquitrave são feitas de granito. Escavações recentes indicam que o templo era cercado por uma bacia hidrográfica.
Um dos melhores exemplos da arquitectura romana ainda presentes e em bom estado de conservação no nosso país, a justificar a visita a uma das mais bonitas cidades alentejanas.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Concertos que eu iria ver (...e levaria todos os meus amigos!) #7 - Jeniferever

Jeniferever
Muito talentosos, os "Jeniferever" passam ao lado do público em geral, quem sabe por não serem originários do Reino Unido ou dos EUA, mas antes da fria e setentrional Suécia. Com uma carreira que já não é assim tão recente, pois começaram há mais de uma década e meia, em 1996, esta banda (cujo nome deriva de uma música dos "Smashing Pumpkins") lançou cinco EP's e três álbuns de estúdio até ao momento. O seu mais recente trabalho, de 2011, intitulado "Silesia", mostra-nos o seu desenvolvimento para uma musicalidade indie rock mais corrente e apreciável por um maior número de fãs, em detrimento de alguns dos seus lançamentos anteriores que os colocavam mais num registo ambiente rock que os aproximava de um patamar de bandas como por exemplo os islandeses Sigur Rós.
Deixo-vos aqui duas músicas desse álbum do ano passado, intituladas "Waifs & Strays", que a banda lançou gratuitamente na Internet como pré-lançamento do álbum e também "The Beat of Our Own Blood".
Para conhecerem melhor a faceta mais "ambiental" destes rapazes, fica o vídeo da sua música "From Across The Sea", presente no seu primeiro "Long Play" de 2006, "Choose A Bright Morning".
Recordo que os "Jeniferever" já foram convidados para actuar em Espanha, mas em Portugal, até agora, ainda nada...

Waifs & Strays

The Beat of Our Own Blood

From Across The Sea

Estreia da semana

Talvez até pareça um pouco anti-climática qualquer estreia que ocorra esta semana se tivermos em conta que o último destaque foi para "The Hunger Games", que após toneladas de publicidade já conseguiu duplicar o lucro em relação ao orçamento do filme, só nos EUA, garantindo que será um dos maiores "blockbusters" do ano.
Mas esta semana também estreia filmes e como tal, porque não falar da "Fúria de Titãs" (Wrath of the Titans)... Trata-se da sequela do filme que estreou em 2010, intitulado "Confronto de Titãs", que nos conta a história do filho mortal de Zeus (o actor Liam Neeson), chamado Perseus (interpretado por Sam Worthington).
Desta vez, Perseus tenta viver a sua vida em paz após o confronto com a criatura Kraken (do filme anterior), mas essa calma vai ser abalada quando um confronto eminente entre os Titãs aprisionados e os Deuses que se envolvem em lutas políticas, ameaçam destruir a humanidade, obrigando mais uma vez a Perseus a mostrar a sua força de Semi-Deus... Mais uma história sobre antiga mitologia helénica que tem inspirado Hollywood nos últimos tempos após o sucesso de filmes tais como "300". Infelizmente o argumento parece-me demasiado parecido com o recente filme "Imortais" (Immortals), basta substituirmos Perseus por Teseu, ou seja Sam Worthington por Henry Cavill
Se gostar de ver este tipo de filmes não deverá perder esta sequela, senão, não vai ser a enorme quantidade de efeitos especiais que o irá seduzir...

terça-feira, 27 de março de 2012

Best of "America's Got Talent"

Enquanto que por cá a nova paranóia dos "Ídolos" torna a dar audiências à TV, ou então é o "A Tua Cara Não Me É Estranha" (que se não fosse pelo João Paulo Rodrigues nem devia ter audiência nenhuma!), nos EUA existem muitos mais concursos de talentos, em proporção ao número de canais de televisão que por lá emitem. Um deles é o "America's Got Talent" que por cá também já tentamos imitar, embora sem grande sucesso, mas que por terras do Tio Sam tem despertado mais interesse, tal é a criatividade demonstrada pela nação do empreendedorismo e do "showbusiness".
Hoje trago-vos aqui três dos concorrentes que mais se destacaram no programa, pelas exibições fantásticas que levam a arte de palco a novos limites. Primeiro, os "ILuminate" cujo número é uma mistura de música e dança com luzes fluorescentes, depois os "ArcAttack" que usam bobinas de Tesla para emitir raios eléctricos com cerca de 1  milhão de volts e que são captados por um fato especial em malha d'aço num acompanhamento musical e finalmente os "Fighting Gravity", que também dançam com fluorescências, mas num número diferente...
Três exemplos de televisão ao nível de Las Vegas que faz os nossos "cantores de chuveiro" terem vontade de aprender uns truques novos...

Team ILuminate

ArcAttack

Fighting Gravity





Quase tão bom como o original - XI

Aproveitando este dia que dedico semanalmente às covers de música e o facto de ter saído apenas ontem este álbum no mercado, hoje vou referir aqui o novo trabalho da cantora norte-americana Macy Gray que é precisamente um disco exclusivamente de covers cantadas por ela. 
Alguns temas mais ou menos populares que a cantora vencedora de Grammys com a sua voz característica decidiu reunir numa compilação, algumas melhores, outras menos interessantes.
Como é óbvio há alguns temas que posso destacar por serem de bandas que aprecio, ainda que não ache particularmente boas versões, mas enfim...
Deixo assim aqui três das músicas do álbum que se chama simplesmente "Covered": "Creep", dos Radiohead; "Nothing Else Matters", dos Metallica e uma música que está muito na moda, os Awolnation com "Sail".

Macy Gray - Creep (Radiohead cover)

Macy Gray - Nothing Else Matters (Metallica cover)

Macy Gray - Sail (Awolnation cover)



segunda-feira, 26 de março de 2012

Cover tocada pelos "The National"

The National
O produtor dos norte-americanos "The National", Peter Katis, tem ele próprio uma banda chamada "Philistines Jr.". Recentemente decidiu criar um disco só com covers de um dos seus álbuns intitulado "If A Band Plays In The Woods" e chamou a este projecto "If A Lot Of Bands Play In The Woods".
Entre as bandas convidadas estão, evidentemente, os "The National", que ficaram encarregues de tocar a sua versão da música "Twenty Miles to NH - Part 2".
É essa versão que vos trago aqui num vídeo feito por eles próprios durante a gravação nos Katis' Tarquin Studios, para quem for fã destas curiosidades e músicas raras. Fica sempre a sensação que nada parece soar mal quando é tocado pelos "The National"...

Vídeo da semana

Como estas modas ainda demoram um pouco a chegar a Portugal ( e, se querem que vos diga, ainda bem!), o vídeo que escolhi esta semana traz a mais recente "panca" que deu nos americanos, que, como sabem, são um povo que tem "bichinhos carpinteiros" e não conseguem ficar quietos em paz, no que às cenas maradas diz respeito.
Parece que andam sempre à procura de uma nova forma de revelar a sua estupidez e fazerem coisas completamente anormais, como se não lhes bastasse terem nas suas fileiras exemplos tão icónicos tais como George W. Bush ou o elenco completo de Jersey Shore.

Desta feita, algum iluminado criou o que se chama "The Cinammon Challenge" (O Desafio da Canela) que consiste em tentar engolir uma enorme colher ou recipiente cheio de canela, sem vomitar ou inalar o pó. Ora, para quem não sabe, o pó de canela tem propriedades impermeáveis que faz com que seja extremamente difícil absorver água, pelo que não adianta tentar humedecê-la com saliva que não vão criar um "bolo alimentar" que seja deglutível e, por isso, é mais provável que inspirem aquele pó todo do que o consigam engolir...
É obviamente uma coisa muito estúpida de se tentar e que vos desaconselho vivamente, mas como ninguém pára estes doidos americanos, fiquem com uma compilação dos melhores momentos gravados em vídeo do "Cinammon Challenge":

domingo, 25 de março de 2012

David Fonseca - Novo álbum: "Seasons"

Lançado no dia 21 de Março, quem sabe para aproveitar o início da florida época primaveril, o mais recente trabalho do músico português, David Fonseca, intitula-se "Seasons (Rising)". Sendo o quinto trabalho desde que enveredou pela carreira a solo, este músico natural da Cidade Lis, continua uma carreira na arte da sua paixão, ele que é notoriamente um bom músico e que já esteve envolvido em projectos tais como na banda que o lançou, os "Silence Four", ou mais recentemente os "Humanos", mas igualmente em parcerias com outros músicos nacionais tais como Jorge Palma, Trovante ou Sérgio Godinho.


Para começar quero destacar o quanto admiro a persistência de David Fonseca em cantar em inglês, contrariando aqueles que acham que os projectos nacionais devem ser cantados na língua de Camões. A língua portuguesa só dá azo a lamechismos e salvo raríssimas excepções (Madredeus, por exemplo) condena as bandas ao mercado nacional. Já com os "Silence Four", David Fonseca conseguiu produzir temas interessantes e populares e fê-lo em inglês, por isso, faz bem em continuar assim. Quanto a este "Seasons", infelizmente, quer-me parecer que demonstra que até um músico criativo como ele tem o seu limite e neste álbum não se nota nenhuma evolução positiva. Antes, quer-me parecer que é "mais do mesmo", isto é, parece-me haver uma colagem quase que empática com o que os "Coldplay" andam a fazer que parece tocarem agora quase exclusivamente para vender, numa torrente de temas comerciais, mas tão, tão aborrecidas...

Se ouvirmos a música de abertura do álbum, "Under the Willow" que nos presenteia com os seus intermináveis "uooou's" acompanhados de teclas e batida tão pop que enjoaria Andy Warhol, ficamos com a impressão que aquele músico que criou "Someone That Cannot Love" ou "Kiss Me, Oh Kiss Me", se cansou e se deixou cair numa letargia e num facilitismo melódico que faz deste álbum uma verdadeira seca.
Salvam-se alguns momentos amiúde mas que não são suficientes para nos darmos ao trabalho de incluir "Seasons" na nossa colecção de CD's, a não ser que sejamos mesmo, mesmo, grandes fãs do David Fonseca.
Deixo aqui o vídeo do primeiro single, "What Life Is For", para apreciação:

Destaques culturais - semana de 25 a 31 Março

1 - Dia Nacional dos Centros Históricos


O Porto celebra desde 2008 o Dia Nacional dos Centros Históricos, aderindo assim às comemorações oficiais promovidas pela Associação Nacional de Municípios com Centro Histórico, de 28 de Março, data do nascimento do seu patrono, Alexandre Herculano.
É um dia que se quer dedicado ao Centro Histórico do Porto, classificado em 1996 como Património Cultural da Humanidade, estando todos convidados a visitar este lugar repleto de História, onde em cada rua, em cada largo há elementos novos a descobrir.
Respondendo positivamente ao repto lançado pela Câmara Municipal do Porto, várias entidades sediadas no Centro Histórico vão abrir as suas portas e promover um conjunto concertado de actividades no próximo dia 31 de Março. A maior parte das actividades são gratuitas, outras têm custo mais reduzido: são visitas guiadas a monumentos, circuitos pelas ruas históricas, passeios de barco pelo Rio Douro, passeios de Segway, feiras, exposições, workshops, filmes para os mais novos, oficinas pedagógicas e outras actividades que são um convite irrecusável à sua participação. 
Podem conhecer as actividades ou inscreverem-se até amanhã, neste link.

2 - "Fado Violado" no Tertúlia Castelense

Este grupo surgiu em Sevilha no ano de 2008, quando Ana Pinhal (voz) e Francisco Almeida (guitarra espanhola), à época residindo naquela cidade a fim de aprenderem Flamenco, foram convidados por um par de bailarinos de Tango argentino a montar um pequeno espectáculo onde se pretendia que o Fado fosse bailado à luz dessa arte Argentina. Uma vez que Ana e o Francisco, possuíam no momento um repertório fadista ainda muito restrito, viram-se obrigados a ampliá-lo rapidamente. A linguagem de ambos estava já bastante contaminada pela forma e conteúdos flamencos, portanto no resultado não seria de esperar outra coisa que não a reinterpretação de fados tão bem conhecidos com o ritmo, a energia e a cor flamenca
Mais tarde vêm a preparar, com a colaboração de uma bailadora de flamenco e um bailarino contemporâneo, um espectáculo intitulado "El Fado, O Flamenco", espectáculo que pela natureza visceral do baile Flamenco obrigou a nova adequação e ampliação do seu reportório, vindo a contribuir muito positivamente para o êxito do conceito explorado por aqueles músicos.
Actualmente apresentam o seu espectáculo "Fado Violado", com a participação de David Baltazar (contrabaixo), que pode ser visto no Tertúlia Castelense, no próximo dia 30, pelas 23:00, com entrada por apenas 5 euros.

3 - Bailado "Giselle" no Coliseu do Porto


Bailado em dois actos, "Giselle" constitui uma das mais expressivas obras-primas do ballet romântico, despertando interesse no grande público. Narra a história de uma jovem camponesa, terna e translúcida figura de origens modestas, apaixonada por Albert, Príncipe da Silesia, que se faz passar por um camponês para conquistar o seu amor.
Perante o embuste, a alma de Giselle é consumida pela mágoa; inconsolável, vê-se envolvida numa espiral de desespero que conduz a jovem à loucura, sucumbindo perante terrível dor infligida no seu frágil coração.
O amor eterno de Giselle por Albert, que à noite visita o seu túmulo, salva-o de ver o seu espírito possuído pelas Wilis espectrais, fantasmas vampíricos de jovens noivas que morreram antes do dia do seu casamento, e por Myrthe, Rainha das Wilis. Sempre que um homem se aproxima, elas obrigam-no a dançar até à morte. Giselle intervém dançando no lugar de Albert, impedindo assim que este sucumba de exaustão, quebrando o feitiço das Wilis. Com o nascer do sol as Wilis regressam aos seus sepulcros; Giselle deve regressar, mas não sem antes perdoar Albert. Na despedida, promessas de amor eterno apaziguam a anunciada separação; Giselle é agora uma Wili para o resto da eternidade...

A companhia Russian Classical Ballet conta com a participação de bailarinos de notoriedade internacional provenientes de prestigiados teatros como, Bolshoi, Mariinsky, Perm e Odessa. As presenças habituais em tournées no Reino Unido, Espanha, Itália, França e China conferem o estatuto desta companhia.
A não perder no Coliseu do Porto, no próximo dia 27, pelas 21:30. Bilhetes deste 25 a 33 euros.





sábado, 24 de março de 2012

Reggae Blast 2012


Para além de poderem assistir hoje ao último dia do "Portugal Fashion - Winter 2012/2013", na Alfândega do Porto (aqueles que tiverem acesso aos convites) a noite promete para quem se deslocar à Invicta para tomar um copo e quiser assistir a um evento musical. Isto, claro, se forem apreciadores de Reggae! É que têm a oportunidade de assistir a um dos maiores eventos desse género musical no país, com a realização do Reggae Blast 2012, que no Porto será no espaço privilegiado do Coliseu, após uma passagem desta iniciativa ontem, por Lisboa.
Este espectáculo totalmente dedicado à divulgação dos valores e da cultura reggae tem um cartaz de luxo com artistas internacionais de topo. Poderão assistir  ao espectáculo no Coliseu, com bilhetes à venda desde 17,50 euros até 27,50 euros.
Preparem-se para um ambiente único, certamente com muita "Ganja" à mistura.... :)

Para ir dando o mote, nada melhor que uma musiquinha do "Rei do Reggae", o Sr. Bob Marley com a sua banda, os The Wailers e o tema "Redemption Song"....:




Melhor publicidade de sempre #13

A indústria dos aperitivos movimenta milhões de dólares nos EUA e, como tal, tem desenvolvido publicidades muito engraçadas e criativas de forma a fazer com que o nome dos seus produtos seja sempre mais ouvido que os da restante concorrência. Desta forma, uma das marcas mais populares é a "Doritos", salgadinhos de tortilla, propriedade da empresa FritoLay, desde 1964 (do grupo PepsiCo).
O seu criador, Archibald West, faleceu no ano passado, com 97 anos e foi enterrado, após a cremação do seu corpo, com Doritos de todos os sabores e espalhados sobre o seu túmulo, no Texas. 
Dos inúmeros anúncios já lançados há sempre uma mão cheia deles imensamente divertidos que têm permitido a este produto facturar cerca de 4 biliões de dólares anuais e esteja à venda em 20 países por todo o mundo, com uma variedade de sabores (23) que quase que "soterra" a concorrência.
Não é de admirar que a empresa invista imenso no desenvolvimento destas campanhas, sendo já famosa a quase que anual participação nos spots publicitários mais caros do mundo, os do Super Bowl, com diferentes anúncios de 30 segundos.
Ficam aqui três exemplos de alguns desses anúncios criados para essa altura, cada um mais engraçado que o outro...

Doritos "Pug Attack" Ad

Doritos "The Chase" Ad

Doritos "Kids These Days" Ad




sexta-feira, 23 de março de 2012

"Father and Daughter" - Curta metragem


Uma dos melhores curtas-metragens de sempre, com realização e argumento a cargo de Michael Dudok De Wit,  produzida por Claire Jennings Willem Thijssen e com música de Normand Roger Denis L. Chartrand. Criada em 2000 numa co-produção do Reino Unido, Bélgica e Holanda, este filme intitulado "Pai e Filha" (Father and Daughter), ganhou o Óscar de 2000 para "Melhor Curta-Metragem de Animação". Igualmente viria a receber mais de 20 prémios internacionais e é considerada a mais bem sucedida na série de obras de De Wit

Michael Dudok De Wit
A história traz-nos um pai que se despede da sua jovem filha. Com as amplas paisagens holandesas a se metamorfosearem ao longo das estações, a vida desta menina também vai evoluindo. Ela torna-se uma jovem mulher, cria família e com o tempo vai envelhecendo, mas dentro dela há sempre uma profunda saudade do pai. 
A história pode ser vista como uma metáfora. O pai ao sair num barco significa a sua morte e as imagens da filha ansiando pelo seu retorno, significam que ela sempre pensou nele toda a sua vida. No final, quando a filha, agora idosa, viaja através do mato do leito seco do rio, supõe-se que significa que ela morreu e agora está a viajar na vida após a morte para finalmente se reencontrar com o seu pai. Uma belíssima e comovente história sobre a perda de um ente querido, que nos diz algo a todos nós e que é criada numa animação simples e de belo efeito com música extremamente condizente.




Músicas de uma vida - Loser

BECK
Uma referência incontornável da música mundial, Beck David Campbell, simplesmente conhecido por Beck, tem sido sempre aceite como um dos músicos mais criativos do Séc. XX e influente no trabalho de muitos outros, mercê da unanimidade que reúne em torno da sua carreira. 
Desde que em meados dos anos 80 , deixou o liceu e decidiu viajar pela Europa onde seria músico de rua, Beck aproveitou bem essa experiência para absorver influências culturais e musicais que fazem dele um artista pluralista e não somente mais um músico norte-americano. Em 1993 teria o seu primeiro álbum, intitulado  "Golden Feelings" que só sairia em cassete (havendo um lançamento posterior em CD, limitado a 500/750 cópias, sendo assim um disco bastante raro), mas seria em 1994, ano que lançaria três discos, um dos quais se chamaria "Mellow Gold" que marcaria definitivamente o seu encontro com um público mais vasto enquanto primeiro trabalho por uma grande editora, a Geffen
Apesar de haver quase incontáveis temas para escolher dos seus 10 álbuns de estúdio, a minha opção fica-se pelo single que o lançou inicialmente, desse álbum "Mellow Gold", que se chama "Loser" e teve grande destaque quando começou inesperadamente a ser tocado nas rádios locais e ganhou fama suficiente para proporcionar a gravação do posterior álbum pela Geffen.
Na década de 90 e mesmo ainda nos dias de hoje, seria difícil ir a um pub tomar um copo e não ouvir, mais cedo ou mais tarde, este "Loser", com a sua batida hip-hop e o seu refrão apelativo: "Soy un perdedor, I'm a Loser, baby, so why don't you kill me?"... 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Em ascensão #18 - Beirut

Oriundos de Santa Fe, nos EUA, os "Beirut", são um projecto indie folk que surgiu da mente do seu vocalista Zack Condon que decidiu agregar uma série de músicos que tocam instrumentos um pouco atípicos, tais como ukelele, acordeão, violoncelo, tuba, trompete ou bandolim e criar um grupo musical com conotações world music ou balkan folk bastante original e com resultados surpreendentes.

Beirut
Neste caminho traçado pela originalidade e musicalidade universal, os "Beirut" têm desenvolvido o seu trabalho com frutos desde a sua fundação em 2006, que se reflectem em 3 álbuns de estúdio e uma mão cheia de EP's. A sua gravação mais recente é de 2011, com o álbum "The Rip Tide" e segue a linha que começou no trabalho do ano inicial "Gulag Orkestar", embora seja menos conceptual e mais apelativo, recordando amiúde os britânicos "Fanfarlo", de quem vos falei aqui. Músicas animadas numa sonoridade perfeita para fazer da experiência musical uma comunhão espiritual, um tocar de almas e ao mesmo tempo um piscar de olho aos ambientes que a world music nos traz e que representam a universalidade que une a Humanidade de África à Ásia, dos Balcãs aos Estados Unidos e faz com que não nos devêssemos espantar por ouvir estes sons a surgirem de filhos do "Tio Sam".
Mas ainda assim, espanta e admira, o que faz destes rapazes uma referência interessantíssima na música do Séc. XXI, onde deixam a sugestão que se pode fazer mais que apelar ao comercialismo selvático dos "auto-tunes" e das bandas chiclete ou "músicos de imagem" que poluem o universo musical contemporâneo, mas produzir algo que orgulha e nos lembra as raízes musicais universais e onde afinal tudo era mais simples e puro. Espero, sinceramente, que seja um projecto para continuar, porque são diferentes e vibrantes.
Deixo-vos dois temas da banda, ambos do seu mais recente álbum: "A Candle's Fire" e "Vagabond":


Portugal - Pontos de Interesse #10


O Mosteiro da Batalha ou Mosteiro de Santa Maria da Vitória, é desde 2007 classificado pela UNESCO como Património da Humanidade e foi eleito como uma das 7 maravilhas de Portugal. Situa-se na Batalha, e foi mandado edificar por D. João I – Mestre de Avis, servindo este de agradecimento à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Aljubarrota e de panteão régio. É considerado uma jóia arquitectónica Portuguesa, sendo um exemplo da arquitectura gótica tardia portuguesa, ou como outros lhe chamam, estilo manuelino, assim como também é um símbolo da Dinastia de Avis. Os trabalhos de construção do mosteiro dominicano iniciaram-se em 1388 pela mão do mestre Afonso Domingues, sendo que duraram ao longo de dois séculos, até 1517, e passaram pelo reinado de 7 réis de Portugal. 

No início das obras do Mosteiro da Batalha foi construído apenas um pequeno templo, Santa Maria-a-Velha ou Igreja Velha, era uma obra pobre construída com pouquíssimos recursos.
É então que em 1402 surge a influência Gótica Flamejante, pela mão do Mestre Huguet, o qual fica encarregue das obras de construção do Mosteiro, que mais tarde foram terminadas abruptamente, provavelmente pela construção de outros importantes monumentos, sendo que, só por volta de 1840 foi dada a atenção à necessidade de restauro, reiniciando-se várias obras de conservação e restauro.
Em forma de cruz latina, a igreja revela o apego à tradição do gótico português. Trata-se de um templo de 3 naves, com transepto pronunciado e cinco capelas na cabeceira, sendo as laterais de igual profundidade.
A nave central da igreja da batalha é uma das maiores igrejas portuguesas de sempre e eleva-se a cerca de 32,5 metros.
A "Capela do Fundador", foi pensada por D. João I para panteão da sua linhagem e seria construída por Huguet a partir de 1426. A planta quadrada dá lugar, ao centro, um octógono que se eleva a grande altura, constituindo um dossel ou baldaquino glorificador do túmulo conjugal de D. João I e D. Filipa de Lencastre.

No "Panteão de D. Duarte" ou "Capelas Inacabadas", que foram pensadas por D. Duarte para panteão da sua família, foi desenhada uma grande rotunda de oito lados, com sete capelas. A morte prematura do rei e, de seguida, do próprio arquitecto, para além de outras vicissitudes impediu que a obra se concluísse. Numa das capelas repousam, desde os princípios do século XX, os restos mortais do rei D. Duarte e da sua mulher.
No exterior, podemos ver a estátua de Dom Nuno Alvares Pereira (O Santo Condestável), que foi um nobre guerreiro português e que parece estar ainda hoje de "guarda" ao Mosteiro.
O material que compõe a as fachadas exteriores deste edifício é facilmente susceptível de ser atacado pela poluição, o que faz com que este monumento tenha, grande parte do tempo, um aspecto sujo e feio. Diversas limpezas ao longo dos anos minimizam a situação, mas no entanto o problema é complexo, retirando algum do "brilho" a este magnífico Mosteiro. No entanto, a sua arquitectura excepcional e a beleza dos seus pormenores fazem deste edifício um dos pontos turísticos mais relevantes do país, merecedor de uma visita.

quarta-feira, 21 de março de 2012

"She Wants Revenge" no Porto

She Wants Revenge
O duo norte-americano de San Fernando Valley, na Califórnia, composto por Justin Warfield e Adam Bravin, os "She Wants Revenge", têm dois espectáculos previstos para Portugal no próximo mês de Junho, sendo que actuarão no Porto no dia 15 de Junho , no Hard Club. A notícia foi avançada ontem pelo site "Festivais de Verão" e confirmada pela publicação musical "Blitz", pelo que podemos esperar ansiosamente por uma nova oportunidade de os ver ao vivo, eles que estiveram cá, mas em Lisboa, em 2006.
Com um novo álbum, "Valleyheart", que lançaram entretanto podemos contar com esta magnífica surpresa num ano que começa a ter contornos de sadismo, tantos que são os bons concertos previstos para 2012, um ano de "apertar o cinto". Ainda assim, imperdível, no Hard Club e no dia seguinte na Sala TMN, em Lisboa... resta saber os preços dos bilhetes que ainda não saíram. Quando houver novidade coloco um update!
Recordo que eu tinha postado no espaço "Concertos que eu iria ver(...e levaria todos os meus amigos)" um pedido para trazerem esta banda cá e parece que foi escutado. Podem ler sobre isso aqui.
Fica aqui uma das minhas músicas preferidas da banda, "These Things", que conta com a participação de Shirley Manson, dos Garbage (banda que virá a V.N. Gaia, ao Festival Marés Vivas, em Julho), como aperitivo....: 





Estreia da semana

A esperada estreia desta semana do filme "The Hunger Games" ( em português, "Os Jogos da Fome" - não percebo como às vezes fazem traduções mais livres dos títulos dos filmes americanos e desta vez não o fizeram... soa mesmo esquisito "os jogos da fome", mas enfim....). Este filme que já foi dito por alguns ser esperado que supere a popularidade do filme "Twilight" (sempre queria ver isso!), traz-nos a história de uma sociedade futurista em que após uma tentativa de revolução anterior contra o poder instituído, a forma dos governantes se vingarem da população é submete-los a uns humilhantes jogos de vida ou morte, transmitidos pela televisão como se de um jogo doentio de "reality show" se tratasse. Os participantes que são obrigados a fazer parelhas onde só haverá um vencedor, sabem que têm a  própria vida em risco, mas não têm forma de o evitar. É neste cenário que surge a jovem de apenas 16 anos, Katniss (a actiz Jennifer Lawrence) que participa nestes jogos para substituir a sua irmã mais nova, Prim,  que tinha sido sorteada. Acaba por fazer par com o jovem Peeta (o actor Josh Hutcherson - que ainda pode ser visto no cinema na sua participação em "Viagem Ao Centro da Terra 2 - A Ilha Misteriosa") e ambos têm que lutar pelas suas vidas neste país fictício Panem que terá surgido numa América pós secas, fogos, guerra e fome. Ainda que inferiores fisicamente e tecnicamente que os seus rivais que se prepararam para estes jogos a vida toda, este duo está no caminho certo para a vitória e para ganharem o coração um do outro (Porra! Isto foi bonito...)
Mais um filme a apelar à camada adolescente da população, público-alvo de grande parte das produções actuais e que deverá ter êxito garantido, não tivesse já tanta publicidade antes da estreia como se estivéssemos a falar do filme do século... Ainda assim, este filme baseado no romance original da escritora Suzanne Collins, deverá entreter e não fará mal à saúde...


terça-feira, 20 de março de 2012

A Piece of My Mind #19

Ontem, talvez como prenda para o Dia do Pai, os combustíveis aumentaram pela 38ª vez neste ano (!!!) e convém ter em conta que ainda estamos em Março! Actualmente, o preço da gasolina ronda os 1.72 euros por litro e o gasóleo os 1.52 euros por litro. 
Recordo-me do ano de 1990, quando o preço da gasolina era de 105 escudos (cerca de 52 cêntimos), as pessoas sentiriam alguma revolta quando, três anos volvidos, o preço atingiria os 160 escudos (80 cêntimos). 
Antes disso já tínhamos passado por momentos complicados com guerras na região do Golfo, a crise do Suez, embargos e revoluções, mas ainda nos esperariam os cortes da OPEC antes de 2000 e o 11 de Setembro de 2001, crises mundiais que sempre fizeram mossa nos bolsos de toda a gente, mesmo os que não têm nada a haver com essas políticas.


Estávamos longe de imaginar que após a famosa liberalização dos preços de combustível em Portugal, no final do ano de 2003 e que, supostamente, serviria para o mercado se auto-regulamentar com base na livre concorrência (que de acordo com o governo da altura iria beneficiar o consumidor), as coisas chegassem ao estado em que estão. É que nesta história toda houve certamente quem saiu muito beneficiado, mas foram todos menos os consumidores! Acreditem que se em 1990, alguém decidisse que a gasolina iria aumentar de 105 escudos para 345 escudos desconfio que o nosso povo, apesar de ser de "brandos costumes" como o costumam designar, partia a loiça toda e era bem capaz de pegar fogo a umas centenas de bombas de combustível pelo país fora...
Mas a manha com que temos sido iludidos é mais subtil e é um monstro que nos vai devorando aos poucos, semana a semana, dois a três cêntimos de cada vez, para que o povo continue sereno. 

O facto é que, durante algum tempo, estas subidas eram justificadas na Comunicação Social, pelos manda-chuvas desta treta toda, por aumentos do crude nos EUA, devido à guerra num lado qualquer do Mundo, ou então à mera possibilidade de haver guerra (o que por si só já é absurdo), mas quando o crude se mantinha estável nos EUA, então era a subida do Brent, que é referência europeia (o que nos faz questionar porque tinham subido os combustíveis aquando do aumento nos EUA...), depois já subia a gasolina numa altura em que Brent e crude americano estavam estáveis, mas justificavam com uma aldrabice pegada que era "a subida de agora é relativa a uma subida do crude há algum tempo, porque não se reflectem de imediato as subidas do crude no preço dos combustíveis" ( o que nos faz pensar: "Porque subiu então da última vez na mesma altura da subida do Brent?")... enfim... foi uma série de tretas e tangas que nos foram mantendo calminhos e calados durante este tempo todo desde 2003, mas o maior desplante ainda estava para vir: é que actualmente nem se dão ao trabalho de explicar!!! Simplesmente sobem o combustível e acabou! Quem quer, quer, quem não quiser que ande a pé, ora essa! Uma lata fenomenal....

Hotel nos Emirados Árabes Unidos 
Estes bandidos (que não há outra expressão), que nos roubam há anos e anos, nem se dão ao trabalho de inventar uma mentira para nós sossegarmos. Porquê? Porque já viram que se em 20 anos mais que triplicaram o preço do combustível e a malta não reage, então podem-nos sodomizar constantemente que nós somos daqueles que levam no focinho e não choram!...
E do outro lado da balança estão os trilionários que gastam milhões em iates, festas de luxo, palácios e super-carros ou os governos que mamam milhões de euros em impostos deste ouro negro, apesar de terem cada vez mais e mais miséria a grassar pelo povo.
Os portugueses precisam de se unir e tentar fazer algo para mudar esta situação: seja andar mais a pé ou de transportes públicos, seja a fazer partilha de carro nos trajectos para o emprego, seja a só colocar combustível nas bombas mais baratas e deixar de ligar às marcas de combustível como se fossem apaixonados pela Galp, BP, Repsol ou outras marcas mais populares (estas empresas que ano após ano continuam a apresentar aumento nos lucros), seja protestando e não se deixarem abafar pelo poder destes monstros monopolizadores da economia nacional.


Portanto, quando alguém se queixa do aumento do preço dos combustíveis deve procurar fundo na alma e ver se não tem a sua quota parte de responsabilidade nesta ridícula situação. É que como já diz o povo: "Quem cala consente"...
Ah! E preparem-se para a seguir acontecer o mesmo no sector energético.... Aproveitem para emoldurar a vossa conta da luz que daqui a uns anos vão sentir saudades dela!...

Quase tão bom como o original - X

Quando criei o título para esta rubrica, surgiu-me logo a noção que as "covers" são uma imitação que fica, em grande parte dos casos, à quem da música original. Existem raras excepções que, apesar disso, não retiram o brilho da criação original, mas antes dão-lhe uma "nova roupagem", por vezes bastante atractiva.
Hoje trago três covers que na minha opinião só melhoraram o tema emulado, porque foram tocadas por músicos melhores, no que ao meu gosto próprio se refere.
Mais uma vez enfatizo que "gostos não se discutem" e esta é apenas a minha opinião pessoal. Por isso, nada de me insultarem fãs de Beyonce, Nancy Sinatra ou Daniel Johnston, OK?... :)
A primeira é uma cover de Beck de uma música de Daniel Johnston, chamada "True Love Will Find You In The End". Segue-se uma outra dos Raconteurs do tema "Bang, Bang (My Baby Shoot Me Down)", de Nancy Sinatra e para finalizar os The Horrors, imitam Beyonce, com a música "Best Thing I Never Had".

Beck - True Love Will Find You In The End (Daniel Johnston cover)

Raconteurs - Bang, Bang (My Baby Shoot Me Down) - Live (Nancy Sinatra cover)

The Horrors - Best Thing I Never Had - Live at BBC Radio 1 (Beyonce cover)

segunda-feira, 19 de março de 2012

Vídeo "Changing The Rain" (The Horrors)

Retirado do seu mais recente trabalho, o álbum "Skying", um dos melhores discos que saíram no ano de 2011 (e que venceu recentemente o prémio de melhor álbum desse ano, atribuído pela NME), os britânicos "The Horrors" lançaram recentemente o videoclip de um dos singles desse álbum, intitulado "Changing The Rain". Realizado por Peter Fowler e a sua equipa do Monsterism, o vídeo é profundamente psicadélico com inúmeras alusões a obras pop, tais como o filme "2001 - Uma Odisseia No Espaço" , num óptimo trabalho de animação.
Para além deste vídeo, a banda aproveitou a temática e incluiu no seu site outros brindes para os fãs que vão desde wallpapers a avatares para incluir no Facebook ou Twitter com a imagem dos elementos da banda e outras visões coloridas e psicadélicas presentes neste vídeo. Para irem ao site dos "The Horrors" e fazerem download gratuito destas ofertas, basta clicarem aqui.
Pena, pena é esta banda ainda não estar incluída no roteiro de festivais para este ano em Portugal....... :(


Vídeo da semana

Escolhi para destacar esta semana o lançamento do trailer do próximo filme do realizador Tim Burton, que se chamará "Dark Shadows". Basicamente porque aguardo com ansiedade pelos trabalhos deste louco de Hollywood, mas também porque, desta vez, não faço ideia se ele sabe no que se está a meter... É que Burton decidiu adaptar para o cinema uma telenovela gótica que passou nas televisões americanas em finais dos anos 60 e criar um filme de gosto algo duvidoso que mistura os seus predilectos ambientes negros e soturnos, com uma dose de humor um pouco bizarro. Veremos se esta receita funciona, pois a julgar pelo trailer, estamos perante um filme que vai dividir as plateias!
Não faltaram à chamada os seus actores icónicos, Johnny DeppHelena Bonham Carter (desta vez num papel menor), mas também Michelle Pfeiffer, Eva Green ou John Lee Miller, por exemplo.
A história resume-se ao retorno à "vida" de um vampiro do Séc. XVIII, Barnabas Collins (Depp) que tinha sido vítima de uma maldição de uma bruxa a quem ele tinha partido o coração, Angelique Bouchard (Eva Green) e este vampiro vê-se a braços com os seus descendentes que habitam a mansão da família, agora em ruínas, no ano de 1972.
Não vou, para já, opinar sobre o filme, deixando.vos apenas o trailer para que julguem por vós próprios se Tim Burton está mais inclinado para a genialidade ou a loucura, com este projecto que está previsto estrear em Portugal a 10 de Maio... :

domingo, 18 de março de 2012

Mark Lanegan Band - novo álbum "Blues Funeral"

Mark Lanegan, um dos grandes sobreviventes da onda grunge que varreu o mundo no começo dos anos 90 lançou o seu mais recente trabalho a solo (como Mark Lanegan Band), depois da sua participação numa das melhores bandas desse género, os Screaming Trees.
Enquanto vários outros artistas, como Chris Cornell (Soundgarden) e Eddie Vedder (Pearl Jam) arrastam correntes pelo mundo, sobrevivendo do passado, Lanegan traça sua própria rota ao longo dos anos, tendo lançado agora este que é o seu sétimo álbum, o primeiro em sete anos (sem contar a parceria com Isobel Campbell). "Blues Funeral", que saiu oficialmente a 6 de Fevereiro é a estreia de Mark Lanegan na 4AD, mas isso não significa mais que uma mudança de editora. A sua música permanece soturna, embriagada, e sua voz  ainda é assustadoramente poderosa, cheia de alma e – por estranho que possa parecer – intimista.
Neste novo álbum, Mark conta com a participação de velhos amigos colaboradores (Greg Dulli, Josh Homme e Jack Irons), com as mãos de Alain Johannes na produção e com a presença de sintetizadores e drum machine. Estes pequenos detalhes electrónicos surgem tímidos em “Bleeding Muddy Water” e mais aparentes em “Ode To Sad Disco”, mas não deve assustar antes de ser ouvido!
"Blues Funeral" é um disco quase mórbido (Como, por exemplo em “The Gravedigger’s Song”, que apresento aqui) e nitidamente melancólico, trilha sonora para violentas dores de cotovelo ou simplesmente para ressacas solitárias.
Fiquem então com o primeiro single, "The Gravedigger's Song" e a voz emblemática de Mark Lanegan