quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A Piece of My Mind #7



Não posso deixar passar em claro um tema que tem sido muito debatido nos últimos dias: a transferência do evento Red Bull Air Race, para Lisboa. Mais uma vez este país medíocre em que vivemos, mostra a falta de visão e de sensatez que sempre nos caracterizou. Contrariando toda a lógica (se excluirmos o factor financeiro que beneficia a empresa promotora do evento), continuamos a centralizar tudo que acontece de positivo neste país, na capital, Lisboa. Já estamos a ficar fartos de viver num país afunilado com um vórtice que concentra a cultura, as finanças e o poder político numa cidade que continua ano após ano a se distanciar do resto do país, que se vai tornando desértico e subdesenvolvido.
Claro está que me doí particularmente ver a minha cidade a perder este evento, mas penso que a analogia serve para o resto do país, se tivermos em conta tantas desigualdades regionais nesta pequena nação, do interior para o litoral, do Norte para o Sul, das pequenas aldeias às grandes cidades.
Acredito que em breve o TGV (que sempre será uma realidade, contrariando as verdadeiras necessidades de um país com uma agricultura decadente, um sector das pescas moribundo, um sistema de saúde deficiente, um sistema de justiça ridicularizado e níveis de desemprego e pobreza galopantes), será mais uma vitória para os "centralistas" que querem à força toda unir Lisboa ao resto da Europa. Prevejo que muito em breve também a Torre dos Clérigos será desmontada pedra por pedra e reconstruída na capital e que o Vinho do Porto irá, por decreto ministerial, mudar a sua designação para Vinho de Lisboa...
Fala-se inclusive em alternar o evento entre as duas cidades (como se isso diminuísse a afronta), mas a ideia peca por limitada. Se é para se fazer isso, então porque não fazer o mesmo com o "Rock In Rio" ou construir um espaço que rivalize com o Pavilhão Atlântico, aqui no Porto, de forma a não haver mais desculpas para se realizarem grandes concertos exclusivamente em Lisboa? Afinal, não é de igualdades que falamos? Não custaria tanto aos lisboetas fazer 300 kms. para verem os aviões da Red Bull (evento gratuito) como sempre custou aos portuenses fazer os mesmos kms. para ver concertos em condições (despesas de combustível e portagens a acrescentar aos já ridículos preços dos bilhetes)?
Continuamos a tapar o sol com uma peneira e a procurar desculpar estas atitudes prepotentes com a ideia de que separatismo, identidade regional e autonomia são palavras feias...
Para finalizar, relembro que os nosso vizinhos espanhois não são aparvalhados como nós. Quando tiveram a oportunidade de realizar uma exposição universal, em 1992, escolheram a cidade de Sevilha, capital da Andaluzia, aproveitando o investimento milionário para desenvolver aquela cidade, em vez de realizarem o evento em Madrid ou até Barcelona. Quando a mesma oportunidade foi dada à Lusa pátria, em 1998, onde se fez a Expo?... Em Coimbra, Faro, Bragança, Évora, Viana do Castelo ou Guarda? Cllaro que não! Coincidência ou não foi mesmo em Lisboa...
Eu não sei quanto a vocês, mas apartir de agora não conseguirei beber nem mais uma lata de Red Bull até ao fim dos meus dias. Dá-me nojo e deixa um amargo de boca..........

Natal no Porto

Estamos em plena época natalícia e como tal as sugestões nunca se poderão desviar muito do conceito original de Natal: estar com a família. Por isso, não perca a oportunidade de dar um passeio pela baixa do Porto e admirar as decorações de Natal.
Na Praça de D. João I está colocada uma tenda igloo com uma pequena exposição de bancas com venda de artigos de artesanato (uma sugestão de prendas) e na Avenida dos Aliados temos um ringue para patinagem (a imitar o gelo).
Aproveitem e divirtam-se e acima de tudo: Feliz Natal para todos!!!



domingo, 6 de dezembro de 2009

"The Imaginarium of Doctor Parnassus" - trailer



Se acreditarmos que as grandes obras levam o seu tempo, então este filme "The Imaginarium of Doctor Parnassus", será uma obra-prima do cinema que nos chegará pela mente visionária do Monty Python realizador, Terry Gilliam. De facto, Gilliam andou vários anos a tentar lançar este projecto, mas já começava a parecer amaldiçoado e a dar a ideia que nunca seria lançado, após uma série de dificuldades quase sempre financeiras. Tudo parecia perdido quando faleceu Heath Ledger com o filme ainda a meio, mas algumas alterações de argumento e um casting creativo deram continuidade à fita.
A produção fantástica do mundo que Gilliam criou poderá ser finalmente vista em breve nos cinemas e a julgar pelo trailer já deixa água na boca que chegue!
Se ainda não se sentem tentados, então com um leque de actores desde Heath Ledger (na sua derradeira aparição no grande ecrán), Johnny Depp, Christopher Plummer, Jude Law e Colin Farrell, talvez fiquem.
A não perder, estreia em Portugal prevista para 4 de Fevereiro de 2010.

Capitalismo - Uma história de amor


Se andaram atentos nos últimos anos, certamente que o nome de Michael Moore não vos trará indiferença, partindo do princípio que, como eu, são fãs de bons documentários.
De facto, o Sr. Moore é responsável por alguns dos filmes documentários mais cáusticos e críticos de alguns dos grandes defeitos da sociedade norte-americana. Depois de ter atacado, entre outros, o uso e porte de arma, os problemas no sistema de saúde e a estranha relação das autoridades americanas com alguns indivíduos (em prol dos seus interesses petrolíferos) que mais tarde apelidam de terroristas, desta feita, Michael Moore ataca directamente o cerne da existência dos americanos e o pilar da sua sociedade: o Capitalismo.
Desde a evolução histórica do conceito capitalista, comparando o Império Norte-Americano, com o Império Romano, no seu crescimento, poder e eminente queda, até à actual situação da economia nos E.U.A., com a crise global, consequência directa da época de vacas gordas que levou a uma excessiva confiança na economia capitalista, com a mão invisível dos poderes económicos e empresariais sempre por detrás e comandando o poder político (como com Reagen, por exemplo).
Aconselho vivamente o visionamento deste documentário, por forma a se compreender porque chegamos ao ponto onde estamos e porque é que um português perdeu o seu emprego um 2009, apenas porque um Barão de Wall Street quis aumentar a sua fortuna em 2008 (não fossem os E.U.A. o motor económico do mundo).
O filme de Moore ficou surpreendentemente de fora das nomeações para os Óscares da Academia. Será que ele meteu o dedo tão fundo na ferida que feriu alguns dos "intocáveis" do mundo politico-económico? Se sim, é melhor o Michael Moore arranjar um ou dois guarda-costas, digo eu.......

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Playing For Change: Peace Through Music

Fica aqui a referência a um projecto internacional que se chama "Playing For Change" e cujo objectivo é o de reunir a humanidade em torno de algo que faz de nós especiais em todo o reino animal, que é o prazer que obtemos da música e o facto de esta ser um elemento universal que une pessoas de todo o mundo, de diferentes raças e credos.
Eles têm trabalhado em alguns vídeos com músicos de todo o mundo que, sem estarem juntos fisicamente, produzem os resultados fantásticos que podemos ver neste vídeo.
Apoiem este projecto com donativos e divulgando-o, podendo subescrever a sua página do YouTube ou indo ao seu site, em: http://playingforchange.com/


Novo álbum dos Wolfmother



Apesar de já ter saído há um mês atrás, em virtude da pausa a que este blog foi sujeito, deixo agora a crítica ao mais recente trabalho da banda australiana "Wolfmother". Trata-se do álbum "Cosmic Egg", que segue as pisadas do trabalho homónimo da banda que tinha sido lançado no longínquo ano de 2005. E, ainda que tenhamos esperado quatro anos, valeu a pena para voltar a ouvir a voz poderosa de Andrew Stockdale acompanhada por riffs de guitarra que relembram míticas bandas tais como Led Zeppelin, Deep Purple ou Black Sabbath, mas com um novo fôlego em pleno século XXI.
Para aqueles que ainda não tiraram os posters destas bandas da parede e também para todos os que já se fartaram do nu metal ou de bandas com um rock repetitivo e previsível, ouçam os Wolfmother e preparem-se para se libertarem pelas ondas rítmicas de um rock puro e cru, como já não se ouvia há alguns tempos...
Espero sinceramente que os promotores dos festivais nacionais de verão se lembrem destes meninos este ano!
Fica aqui um "cheirinho" de Cosmic Egg, com a música "New Moon Rising":


O ano novo em tons clássicos

Começo este novo ciclo de posts com a notícia da realização de 2 espectáculos de vertente clássica, no Coliseu do Porto, já em Janeiro de 2010.
O primeiro, trata-se da exibição do bailado "O Quebra-Nozes", de Tchaikovsky, no dia 7 de Janeiro, executado pelo Ballet Estatal Russo de Rostov. Um espectáculo imperdível de dança, rigor e beleza, cuja famosíssima história já inspirou tantos nas mais diversas adaptações. Um espectáculo para miúdos e graúdos para começar bem o ano de 2010.

Seguidamente, ainda no Coliseu, a mesma companhia russa de bailado exibirá "O Lago dos Cisnes", no dia 8 de Janeiro.
Obviamente que aconselhamos a ida aos dois dias de espectáculo, se as vossas bolsas o permitirem, mas se a época natalícia vos tiver dado cabo da carteira, tentem pelo menos escolher um dos espectáculos, que não se arrependerão.
Para ambos os dias os preços são idênticos, desde 15 a 45 euros, bilhetes à venda no Coliseu do Porto, FNAC, Ticketline, Agência Abreu e El Corte Inglês.


We're back!

Após um hiato de alguns meses, decidimos voltar ao ataque para aqueles que ainda nos desejarem seguir. Mais um ano de participação no concurso Super Bock Super Blog Awards, para ver se este ano há um vencedor a sério...
Por isso, mais uma vez, os meus agradecimentos especiais a todos aqueles que andaram este tempo todo a chatearem-me para continuar este trabalho.... valeu a pena!...