sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A Piece of My Mind #13

Tive que recorrer à memória para descobrir se já tinha alguma vez lançado este alerta aqui no blog, visto que é um problema que já devo ter referido uma ou duas vezes, mas terá sido em alguma tasca ou grupo de amigos, certamente. Ainda assim, está na hora de soar o alarme neste meio de comunicação mais abrangente de um problema que parece não afectar muita gente... mas que devia!

Queria falar sobre a devassa auto-infligida da vida pessoal que executamos diariamente no século XXI. Embora pudesse, não vou abordar as fotos ou dados pessoais colocados nos perfis da Internet, as informações desnecessárias de quantos, quem, e qual a qualidade dos nossos amigos ou até dos sites que consultamos e às tantas até não devíamos...
Pior que tudo isso é estarmos hoje em dia ligados a um mundo virtual onde a devassa da nossa privacidade é um dado adquirido e já ninguém se parece preocupar com isso, assumindo que se temos uma conexão à Internet então a culpa é nossa. 

Há uns tempos atrás surgiu uma queixa contra o site "Amazon" porque este dá-nos uma sugestão de compras baseada nas visualizações de páginas que lá fazemos, baseado nos cookies que o site cria. Não sei como foi decidido em tribunal, mas sei que não é só o Amazon que faz isso. Se virmos bem, o "YouTube" e os nossos motores de busca (Internet Explorer, Firefox, Google Chrome) já fazem isso há algum tempo e justificam-se dizendo que querem prestar um melhor e mais rápido serviço. Quanto a isso não sei, mas não tenho tanta certeza que quero que fique um registo dos sites que visito, das minhas escolhas musicais, ou das minhas preferências clubísticas. É que neste processo "Big Brother" há gente a fazer muito e muito dinheiro às nossas custas. Os dados relativos às nossas preferências são informações valiosíssimas para empresas de Marketing que passam anos a tentar descortinar quais as tendências dos consumidores e preferências gerais, dados esses que ajudam à criação de produtos mais viáveis ao consumo e por consequência, mais rentáveis. 

Por esse motivo e muitos mais que envolvem a decência que parece faltar a esses "abutres", advirto toda a gente que limite a sua "vida virtual", tenha extremo cuidado com as informações que oferece e muita precaução com senhas e logins repetidos, pois nada nos garante que não haja uma agência internacional a vasculhar a nossa vida neste preciso momento.
O último caso chocante foi o de um estudante de direito austríaco que inadvertidamente descobriu que o Facebook recolhe e armazena dados de todos os cliques que damos no seu site e tem essa informação guardada (sabe Deus com que intenção). O jovem vai processar o Facebook, mas ainda assim fica aqui o vídeo para que pensem no quanto não andam a oferecer da vossa privacidade para ser comprado num leilão pelo mais alto licitador.......

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