sábado, 18 de outubro de 2008

Estreia cinema: Max Payne


Estreou nesta quinta-feira mais um filme baseado em jogos de vídeo, "Max Payne". O filme conta-nos a história de um polícia solitário em busca de vingança pela morte da sua mulher e filha. Confrontado com vilões quase sobre-humanos com o poder de uma droga criada para super-soldados, Max tem que ir bem fundo na teia de crime e corrupção que envolve o mundo "underground" às mais altas esferas corporativas. Um filme de acção com bastantes efeitos especiais protagonizado pelo actor "Mark Wahlberg", que não é nenhum actor sensacional...
Para aqueles que já estão fartos de clichés cinematográficos, que envolvem policias durões numa jornada de "vendetta", contra tudo e contra todos, mas que acabam por sair vitoriosos e provar o envolvimento dos poderosos, este filme é altamente desaconselhável. O argumento é fraco, previsível e já foi visto tantas vezes que dá vontade de adormecer no cinema (isto se conseguirem dormir no meio de sons de tiros e explosões). Banal, o filme vale-se de efeitos especiais e acção q.b. para que alguém o queira ver, mas se já viu cenas de "Matrix" ou de algum filme de John Woo, então prepare-se para um enorme deja vu...
Sem dúvida, um título melhor de ser jogado do que visto!

Novo album dos Oasis (Dig Out Your Soul)


Também acabado de chegar aos escaparates está o novo álbum da banda dos irmãos Gallagher, Oasis. Entitula-se "Dig Out Your Soul" e tem sido bem recebido pela crítica em geral. A banda que continua a se afirmar como "os novos Beatles" volta a criar um registo sonoro depois de algum tempo de inactividade criativa. Preparam-se também para entrar em digressão para promover esse novo álbum e passarão por Portugal em Fevereiro de 2009, no Pavilhão Atlântico. Os bilhetes já estão à venda e custam entre 28 e 40 euros.
Fica aqui o vídeo do primeiro single "The Shock Of The Lightning".

Novo album dos The Cure


A mítica banda The Cure, prepara-se para o lançamento no final deste mês do seu 13º álbum de originais, 4:13 Dream. A banda que foi lançando ao longo do ano um single por mês, continua a produzir música, numa longa e invejável carreira sempre pela batuta de Robert Smith. Ainda que acusando um desgaste criativo nos últimos anos (a idade não perdoa) continua a ser um deleite para os fãs cada música que lançam. Deixam sem dúvida saudades os álbuns "Disintegration", "Wish" ou "Head On The Door", mas os tempos evoluem e a banda tem tentado se manter actual, ainda que não relegando um estilo próprio que conquistou milhões pelo mundo fora e os manteve como referência intemporal da música do século XX, ao ponto de terem sido distinguidos com o galardão "MTV Icon" do famoso canal de música, como consideração da sua excepcionalidade. Este novo álbum, 4:13 Dream, revela algumas melhorias, em relação aos anteriores, mercê do regresso do guitarrista Porl Thompsom à formação. É notória uma musicalidade mais próxima daquilo que os The Cure nos habituaram, com guitarras frenéticas e um baixo fenomenal de Simon Gallup (sempre em forma!). Chegam a surpreender-nos em algumas músicas, por recuperarem o estilo que os consagrou, tais como em "The Scream", que relembra os conturbados sons de "Torture" ou "Pornography" e em "The Hungry Ghost", relembramos os melhores momentos de "Wish" ou "Disintegration". Não que os The Cure retornem ao passado, porque obviamente procuram coexistir no espaço musical contemporâneo, mas suscita a nostalgia dos fãs. Agora só falta o retorno dos teclados hipnóticos para termos The Cure no seu melhor!
Fica aqui a primeira música do alinhamento "Underneath the Stars", que serve como referencia, como qualquer outra. Foi tocada no espectáculo da MTV em Roma, onde os The Cure presentearam os espectadores com as musicas do seu álbum em primeira mão. No You Tube poderão encontrar os restantes vídeos.

domingo, 12 de outubro de 2008

Bom Bacalhau



Saímos do Porto e dirigimo-nos à boa terra de Cabeceiras de Basto. Conhecida vila do distrito de Braga, onde em tempos se encontrou uma estátua granítica de um guerreiro do tempo anterior aos romanos, a qual, por brincadeira, colocaram uma cabeça de um soldado francês, após as invasões napoleónicas (O Basto). Também se poderá tornar ainda mais conhecida se seguirmos a estrada nacional no sentido de Cavez e passarmos na zona conhecida por "Outeirinho". É lá que poderemos encontrar um pequeno restaurante que já é suficientemente famoso para nos obrigar a marcar uma mesa com antecedência ou arriscamo-nos a ter que esperar. Aconselho quem lá for a um fim de semana a tentar chegar antes das 12:00 para arranjar mesa, pois vale a pena.
A especialidade da casa é o "Bacalhau Assado na Brasa com Batatas a Murro". E que bacalhau! Extremamente bem confeccionado, doses generosas, bom atendimento e um preço muito em conta, é o que vos espera no "Restaurante Luís do Outeirinho".
Se gosta do bom bacalhau tuga, dê um passeio domingueiro com a família pelos montes que rodeiam Cabeceiras de Basto, visite a vila que é extremamente típica e interessante (aconselhamos um salto ao magnífico Mosteiro de S. Miguel de Refojos) e almoce no "Luís do Outeirinho"......

Crítica DVD: The Air I Breathe


Há filmes que nos surpreendem, de tempos a tempos, pela estrutura original da história, pelo "twist" no seu final, ou pela forma que o argumentista escolheu para nos por a pensar. De repente vêm-me à cabeça títulos tais como "Memento", "The Butterfly Effect", "Fight Club" ou "Seven".
O filme de que vos falo hoje "The Air I Breathe", tem um pouco disso, uma história intrincada de interacção de umas pessoas com outras e em que essa interferência vai alterar profundamente a linha de vida delas. De certa forma, o objectivo é conseguido. O argumento é interessante e contando com actores tais como "Forest Whitaker", "Kevin Bacon" ou "Andy Garcia" o sucesso é quase garantido. No entanto fica a ideia que estiveram mesmo à beira de fazer um grande filme, daqueles que ninguém se esqueceria, mas (saiba-se lá porquê) decidiram ficar próximos do clímax. Uma espécie de ejaculação precoce cinematográfica!
É, certamente, um filme a aconselhar, nem que não seja pela realização do pouco conhecido "Jieho Lee", que promete mais altos voos. Só tenho pena que com uma personagem que vê o futuro, e com um roçar de vidas umas nas outras que poderia terminar com uma conclusão nos minutos finais ao estilo do recente "Vantage Point", em que só no final conseguimos compor um enorme puzzle mental que nos foi sendo apresentado ao longo do filme, no final só conseguimos um sorriso de interesse pelo filme quando poderíamos ter uma forte ovação...