Ao invés de falar em mais uma sequela de "American Pie", filme que por entre piadas sexuais e personagens super-cool lá foi tendo sucesso estes anos todos e parece que é fonte que não pára de regurgitar filmes de dinheiro fácil, optei por me concentrar na primeira experiência como realizadora da famosa actriz Angelina Jolie.
Com o título de "Na Terra de Sangue e Mel" (originalmente "In the land of blood and honey"), o filme relata-nos uma história de amor em tempos de guerra, de um casal que após ter passado pela Guerra da Bósnia, descobre que os seus antigos votos foram influenciados pelos acontecimentos que conduziram a desagregação da região dos Balcãs e ao mesmo tempo da sua própria co-existência, sendo ele combatente pelos Sérvios e ela, Bósnia. A sua relação terá sido alterada pelos acontecimentos históricos agora que ela é uma prisioneira num campo de detenção que ele supervisiona. O argumento é da própria Jolie que é normalmente sensível ao sofrimento daqueles que não são cidadãos norte-americanos (talvez por isso ande por aí a adoptar tantos...), mas a ideia não gerou muitos apoiantes na sua terra natal, pois o filme tem sido um fracasso, quer nas bilheteiras, quer a nível de opinião pela crítica. Resta a visão europeia, quiçá mais sensível a um assunto do seu próprio continente, de uma guerra que esteve aqui às nossas portas e que tanta tragédia deixou.
Para aqueles mais picuinhas, destaque igualmente negativo para a falta de precisão nos uniformes e armamento que surge no filme, completamente desadequado à Guerra dos Balcãs, sendo principalmente constituído por excedentes do exército húngaro (onde o filme foi feito), ex-USSR, ou da ex-Jugoslávia. Estes pormenores são mais difíceis de controlar numa produção do que ser simplesmente um protagonista, não será, Srª Jolie?...
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