Inevitavelmente o vídeo mais importante desta semana é um que tem circulado no último trimestre no YouTube, Facebook e de e-mail em e-mail, que mostra o jovem Jonah Mowry, que cansado de ser vítima de bullying decidiu fazer um vídeo explicando a sua situação por cartões pré-escritos. Muito se tem debatido sobre se este vídeo é a genuína demonstração do sofrimento de um adolescente norte-americano que sente a necessidade de tornar público algo que muitos jovens trazem como um "doloroso e intimo segredo", ou se é apenas um vídeo viral com o objectivo de sacar visualizações no intuito de vir a obter alguma espécie de rendimento. Não pretendo alimentar essa discussão. No que me diz respeito o vídeo aparenta ser verdadeiro e se não for, não deixa de ser útil para alertar para este problema.
Não se pense que este fenómeno do bullying é uma coisa recente. Só o nome é que será, mas existiram sempre miúdos que exercem poder físico e psicológico sobre outros nas escolas e sempre existirão, certamente. Fruto da ignorância, má educação, ausência de compaixão ou pura maldade, o facto é que quem sofre na pele tem dificuldade em lidar com o facto de muito dificilmente conseguir gerir a situação de forma positiva. Isto é um facto nos EUA, em Portugal e em todo o mundo.
A adolescência é uma fase muito complicada para todos, sendo inclusive denominada pela "idade da estupidez". As hormonas circulam em força e os jovens estão naquele meio-termo em que ainda não são adultos, mas também não querem ser chamados de crianças. Descobrem muitas coisas novas e por tudo isso é uma altura delicada a nível psicológico. Sinceramente não precisam de gravar na alma traumas como estes que gerarão sabe Deus que tipo de personalidades aberrantes no futuro. Fiquem com o emocionante vídeo do Jonah, de 14 anos, e com a informação que, de acordo com as estatísticas, todos os anos cerca de um milhão de pessoas se suicida no mundo, sendo que na adolescência é a terceira causa de morte.
2 comentários:
Não sou mãe. Sou irmã mais velha de três meninas. Acho que isso me dá algum crédito, se bem que, não é necessária qualquer tipo de experiencia materna para sofrer com este vídeo.
Não gosto de crianças. Gosto das minhas incondicionalmente. Acho-as más. Gosto daquelas humildes. Gosto dos sofredores e oprimidos, porque todas as outras tem tendência para a amladade e futilidade. Eu sei, são crianças, mas são más.
O que este miúdo fez..o vídeo.. a forma como o fez, a exposição, enfim, será com toda a certeza um grande homem. E é isso que lhe desejo. E neste momento só me apetecia abraçá-lo e explicar-lhe o quanto é especial.
Obrigado por partilhares isto* =)
Obrigado pelo teu comentário. Não haja dúvidas que isto toca a todos com o mínimo de sentimentos e respeito pelos demais seres humanos.
Entretanto as mais recentes notícias mostram que ele está sensibilizado (e surpreendido) com milhares e milhares de comentários positivos e tenta seguir a sua vida.
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