domingo, 19 de julho de 2009

Festival Marés Vivas - 3º dia


Foto: Daniel Mendonça (BLITZ)

Começo por evidenciar o facto de que estas minhas crónicas do Marés Vivas reflectem exclusivamente a minha presença no evento e não uma apreciação ao festival em si. Dito isto, no derradeiro dia do festival optei por simplesmente ignorar que havia 4 presenças em palco e fui ver apenas o que me interessava, que eram os Keane. Quanto a Gabriela Cilmi, Colbie Caillat e Jason Mraz, bem podem continuar a fazer musica para meninos e meninas, que não me interessa. Aliás, e a julgar pelas presenças no recinto ontem, a aposta é bem feita. Por eles, que se fartam de fazer dinheiro e pela organização do Marés Vivas que também ganha. Espero que isso não signifique que para o próximo ano tenhamos mais presenças de "flavours of the month", mas quase de certeza que sim, o que pode ser o golpe fatal nesta ideia brilhante de um festival urbano no Grande Porto e que já contou com presenças tais como Prodigy ou Peter Murphy , para se tornar num "chavalódromo"...Enfim... os paizinhos enchem os meninos com rios de dinheiro para irem aos festivaizinhos, onde eles vão fumar ganzazinha e beber até cair para o ladinho e depois dá nisto!... (Perdoem-me o desabafo!...)
Voltando à música, que é o que interessa (embora admita que a Colbie Caillat não é nada má e a Cilmi tinha umas pernas bem boas...), os Keane voltaram, segundo as palavras de Tom Chaplin, "ao norte de Portugal", provavelmente uma evidência que conhecem bem o país e sabem distinguir a recepção calorosa das gentes do norte. E foi um retorno em força, porque a banda não precisa de muito para deixar toda a gente feliz. Melodias comerciais e que entram no ouvido, praticamente todas as músicas são conhecidas, os fãs já são muitos e é impossível não se gostar deles. Simpáticos, afáveis, comunicam com o público e tocam para os fazer delirar. E funciona, Tom, funciona mesmo...
Destaque para as esforçadas tentativas de falar português, de saber distinguir que estavam em Gaia e não no Porto (politicamente correcto) e, acima de tudo, para o encore final com uma excelente versão da música Under Pressure, dos Queen, que agradou e faria Freddie Mercury orgulhoso.
Ah! O que me faz lembrar uma coisa: isto é um pequeno conselho para aqueles, especialmente os infantes que começam agora a frequentar festivais e concertos, que não se abandona o recinto só porque a banda parou de tocar e disse "This is our last song". É que às vezes eles surpreendem-nos com um encore destes e há alguns otários que já estão a sair pela porta para irem para as caminhas, beber um leitinho morno e agarrarem-se ao peluche do Noddy! ZZZZzzzzzz... Tanto soninho que esta marijuana me dá!..... ZZZZzzzzzzz....

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