Mais um espectáculo de Filipe La Féria que está em exibição no Teatro Rivoli. Desta feita uma adaptação de um musical e do filme de 1996, "The Birdcage", que contava com as excelentes interpretações de Robin Williams, Nathan Lane e Gene Hackman. Na sua versão nacional e de espectáculo "LaFeriano", chama-se A Gaiola das Loucas e tem nos actores José Raposo, Joel Branco e Carlos Quintas os principais protagonistas.
Para quem não conhece, a história está centrada num casal gay dono de um cabaré de transformistas e que é obrigado a reformular a sua existência mercê do casamento do filho de um deles (de uma anterior relação heterossexual) com uma jovem filha de um casal extremamente conservador e politicamente envolvido num partido que visa terminar com os "maus costumes" de depravação e afins. Obviamente a encenação dá para o torto e resta aos espectadores deliciarem-se com a confusão gerada por tal união imprópria.
Tendo visto o filme há uns anos, gostei bastante e adorei a interpretação de Robin Williams, mas em especial a de Nathan Lane, que faz o papel mais "bicha". Quem sabe, talvez por isso, gostei igualmente da actuação de José Raposo, obrigado a tiques e trejeitos singularmente larilas, sempre engraçados. No entanto, em relação à peça em geral, fiquei algo decepcionado.
Já o disse aqui, que La Féria é provavelmente o melhor produtor e encenador deste tipo de espectáculos, mas desta vez quer me parecer que o show é demasiado gay (até para ele). Dá me a ideia que foi um espectáculo que ele sempre quis fazer, mas que não se adapta por aí além aos gostos do público em geral.
De resto, temos o habitual, boa orquestração, vestuário excelente e um grupo de pessoas que faz bem aquilo que é a sua profissão. Destes, destaco todos os responsáveis pela iluminação e movimentação de cenários, que têm uma rapidez e coordenação fantástica e ajudam à fluidez do espectáculo, sempre a alta velocidade, como é hábito de La Féria. Também destaco o jovem Filipe Albuquerque, que está brilhante e hilariante no papel do criado Jacob (assim como esteve Hank Azaria no filme).
Para quem não conhece, a história está centrada num casal gay dono de um cabaré de transformistas e que é obrigado a reformular a sua existência mercê do casamento do filho de um deles (de uma anterior relação heterossexual) com uma jovem filha de um casal extremamente conservador e politicamente envolvido num partido que visa terminar com os "maus costumes" de depravação e afins. Obviamente a encenação dá para o torto e resta aos espectadores deliciarem-se com a confusão gerada por tal união imprópria.
Tendo visto o filme há uns anos, gostei bastante e adorei a interpretação de Robin Williams, mas em especial a de Nathan Lane, que faz o papel mais "bicha". Quem sabe, talvez por isso, gostei igualmente da actuação de José Raposo, obrigado a tiques e trejeitos singularmente larilas, sempre engraçados. No entanto, em relação à peça em geral, fiquei algo decepcionado.
Já o disse aqui, que La Féria é provavelmente o melhor produtor e encenador deste tipo de espectáculos, mas desta vez quer me parecer que o show é demasiado gay (até para ele). Dá me a ideia que foi um espectáculo que ele sempre quis fazer, mas que não se adapta por aí além aos gostos do público em geral.
De resto, temos o habitual, boa orquestração, vestuário excelente e um grupo de pessoas que faz bem aquilo que é a sua profissão. Destes, destaco todos os responsáveis pela iluminação e movimentação de cenários, que têm uma rapidez e coordenação fantástica e ajudam à fluidez do espectáculo, sempre a alta velocidade, como é hábito de La Féria. Também destaco o jovem Filipe Albuquerque, que está brilhante e hilariante no papel do criado Jacob (assim como esteve Hank Azaria no filme).