sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Red Hot Chilipeppers - I'm With You

Após uma carreira marcada pela rebeldia e por constantes demonstrações de repugnância pelo poder instituído (que também existe no mundo da música), que passou por momentos ímpares de desprezo na atribuição de prémios, a banda de Anthony Kiedis parece que finalmente se deixou dessa imagem de cool Californianos e assumiu que quem manda são as receitas e por isso há que "baixar um pouco as calças". Como já parecia evidente desde o álbum de 1999, "Californication" (e coloco de fora o anterior "One Hot Minute" ainda que não seja pela presença do mítico guitarrista Dave Navarro), os Red Hot Chilipeppers venderam-se! Este seu último trabalho, "I'm With You", não é mais que uma demonstração de falta de criatividade e composto por temas que eu não queria incluir numa mix-tape para oferecer ao meu pior inimigo. Músicas aborrecidas, sem carisma e que só devem ser aproveitadas durante um concerto dos RHCP para irmos ao wc ou buscar uma cerveja... 
Longe estão os tempos de "Blood, Sugar, Sex, Magik" ou "Freaky Styley", em que o funk rock dos RHCP e o baixo supremo de Flea nos traziam imagens mentais de uma praia Californiana com um solzinho agradável, rodeados de voluptuosas miúdas em biquíni. 
Se tiverem em casa uma mesa com uma perna mais curta e a abanar e precisarem de um calço então talvez possam dar um uso a este CD, ou se estiverem com prisão de ventre e precisarem de um laxante, ponham-o a tocar. Sinceramente é muito fraco... 
Fica aqui o vídeo de promoção, com o tema "The Adventures of Rain Dance Maggie" (só o titulo já diz quase tudo) e o novo look do vocalista, numa inspiração pedófilo/Zézé Camarinha que também espelha o novo álbum.
Peço desculpa antecipadamente por vos fazer ouvir isto...

Arcade Fire - The Suburbs (deluxe edition)



Para primeiro post desta nova época, escolhi o álbum "The Suburbs", dos Arcade Fire. Primeiro, porque adorei de tal forma este álbum que todas as suas músicas passaram semanas a tocar dentro da minha cabeça, de tão agradável e melódico que é este trabalho da banda Canadiana. Depois, porque ainda que tenha sido lançado em 2010, surgiu uma versão deluxe em Agosto deste ano, pelo que não fica um post demasiado desactualizado.  
Com efeito, os Arcade Fire,  já tinham demonstrado uma musicalidade original e cativante nos seus dois trabalhos de estúdio anteriores (das quais destacaria a estreia com "Funeral", que revelou instantaneamente a linha condutora da banda), mas também com a sua presença em palco com três passagens por Portugal, sempre com sucesso. Este terceiro álbum, mostra uma incrível maturidade e noção de como se consegue tocar um bom indie rock que apele aos fãs, mas que mantenha uma linha de distanciamento ao comercialismo exagerado, enfim, uma dicotomia que afecta inúmeras bandas, entre a necessidade de lucros e uma imagem de desprendimento economicista que dê a ideia que se faz música por prazer e para os fãs. Creio que, até ao momento, os Arcade Fire têm conseguido esse equilíbrio e com este trabalho ganham definitivamente um interesse mais alargado que lhes permita dar concertos em nome próprio em vez de serem unicamente integrados em festivais.
O vídeo é do single que dá o nome ao álbum e é bem representativo da música descontraída e despretensiosa de Win Butler & Companhia.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Renascimento



Após pedido de várias famílias e um hiato de mais de um ano, pretendo ressuscitar este espaço de críticas personalizadas, informações culturais e um ou outro momento de inspiração. Tal como uma Fénix, este espaço renascerá, mais trabalhado e com novas ideias. Ficarão sempre online os posts antigos para quem quiser recordar.
Obrigado a todos os seguidores deste blog e a todos os que queiram contribuir com sugestões, textos ou comentários!

Espertinho